Nunca se falou tanto sobre gestão da logística. Muito tem a ver com a pandemia, iniciada em 2020. O crescimento do comércio on-line colocou ainda mais em evidência a importância de um serviço ágil, integrado e competitivo. Mas, e como conciliar a pressão cada vez maior por eficiência, ao mesmo tempo em que se mantém o controle total de toda a operação? Afinal, gerir o transporte de cargas engloba vários elos da mesma cadeia e nem sempre dá para estar a par de todas as movimentações.
Na verdade, já é, sim. O acesso às tecnologias não é mais exclusividade dos grandes players, que contam com vários CDs pelo país. Integrar os dados entre os stakeholders é possível por meio de soluções, inclusive, gratuitas, feitas sob medida para negócios de todos os portes. E, aqui, está o primeiro desafio da gestão da logística no século 21: entender que não há mais espaço para os trabalhos operacionais e que as inovações do mundo 4.0, agora, são essenciais.
Tantas inovações trouxeram muitos termos novos para o dicionário da cadeia logística. Agora, big data, SaaS, KPIs e outras palavras do contexto 4.0,estão na rotina dessa área. Mas não foi só isso que mudou: esse cenário trouxe consigo diversos desafios. Alguns, novos. Outros, já velhos conhecidos de quem faz essa gestão.
Dar esse primeiro passo e começar a se inserir no contexto da logística 4.0, sem dúvida, é um dos principais desafios. Os outros, você confere na lista abaixo. Acompanhe!
Quando se fala em logística 4.0 é impossível não citar a importância dos dados nas decisões. O que antes, poderia ser estipulado com base no feeling dos gestores, agora, precisa ter embasamento em informações reais. Isso ajuda a manter as operações previsíveis. Entretanto, não dá para negar que eventos externos têm, sim, o poder de quebrar todo um planejamento. O melhor exemplo, como não poderia deixar de ser, foi a crise sanitária provocada pelo novo coronavírus, que desestabilizou cadeias de suprimentos em todo o mundo.
Por isso, é fundamental que a gestão da logística conheça os riscos envolvidos nas atividades e, claro, tenha um plano a seguir, caso necessário. Essa resiliência é importante para que a empresa se adapte às circunstâncias e passe pelos eventos inesperados com o mínimo de impactos. Estar preparado para isso é cada vez mais importante, uma vez que o mercado nunca esteve tão volátil.
Sem dúvidas, aqueles que já contavam com a integração da cadeia sofreram menos com os efeitos da pandemia. Mas, embora esse momento tenha acelerado a transformação digital na logística, a digitalização ainda é um desafio para muitos líderes da área. Alguns até já contam com inovações para o controle das viagens e entregas, porém esbarram em outro problema: a quantidade de ferramentas utilizadas para isso.
Muitas vezes, 4 ou 5 softwares precisam ser utilizados para realizar a gestão da logística. Além de tornar o trabalho mais complexo, com diferentes dashboards e sistemas, isso pode fazer com que tarefas importantes se percam entre os trâmites.
Ainda considerando o cenário atual de muitos gestores, onde diversas ferramentas são utilizadas, a captação de dados e relatórios pode ficar dificultada. A cada novo registro, seja de uma viagem, de uma ocorrência ou a respeito de entregas, informações importantes podem ser extraídas para identificar gargalos. Porém, quando elas estão distribuídas em diferentes softwares, angariar e analisar esses dados se torna uma tarefa complicada.
Porém, tê-los é fundamental para a competitividade. Apenas com base nisso é possível checar a eficiência dos parceiros, monitorar entregas e programar as melhores viagens. Por isso, o big data tem sido cada vez mais utilizado na gestão da logística.
Tanta tecnologia nos processos também contribui para a missão de resolver outro desafio do século 21: a prática de ações sustentáveis. Esse conceito tem sido incorporado em todos os setores da indústria e, certamente, a gestão de logística precisa se atentar a ele.
Um dos principais é a redução na emissão de carbono e dos resíduos da produção. E quem atua nessa área tem participação direta na obtenção dessas metas. Ao ter contato direto com todos os elos da cadeia, pode-se planejar as ações, programar melhor as viagens e otimizar rotas.
Apesar das dificuldades, esse é um ótimo momento para quem quer potencializar ainda mais o papel da gestão da logística. Com a adoção das inovações, junto a ações que promovam a integração com todos os envolvidos nos processos, muita eficiência e competitividade podem ser conquistadas. Mas a dificuldade logística não se limita a transporte de carga – é questão de gestão. Leia mais!