Toda empresa precisa ficar atento à regularização fiscal. Mas no setor de transporte de cargas a não emissão de documentos tem consequências ainda mais graves. Manter o controle disso é, de fato, um trabalho complexo. Especialmente, entre aqueles que ainda não digitalizaram esses processos. Até porque algumas mudanças, como a expedição obrigatória de CIOT (Código Identificador da Operação de Transporte) a partir de 26 de março de 2020, tornam essa gestão ainda mais delicada.
Entre os problemas da não emissão de documentos, o mais evidente, claro, é o custo financeiro. As multas podem ser pesadas e até retroativas. Por exemplo, a aplicada àqueles que descumprem a Tabela Mínima de Frete da ANTT, que revisa os últimos cinco anos. Porém, os danos são bem maiores, se considerarmos, também, aspectos intangíveis do negócio, como a reputação no mercado.
Para esclarecer acerca dos principais problemas que a não emissão de documentos acarreta às transportadoras, elaboramos este artigo. Nele, mostraremos 4 aspectos que são impactados por isso. Acompanhe com atenção e tire suas dúvidas!
Felizmente, a internet trouxe muitas facilidades para a logística de carga. Agora, em grande parte, a emissão de documentos imprescindíveis para o transporte pode ser feita on-line. Entre os principais exemplos, podemos mencionar o CIOT, o CT-e (Conhecimento Eletrônico de Cargas) e o MDF-e (Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais).
Claro, algumas versões impressas ainda precisam estar em posse do motorista. Mas é inegável que a tecnologia tem ajudado os gestores a manterem a emissão de documentos em dia. Nesses casos, grande parte dos problemas abaixo ― senão todos ― são mitigados.
Para a emissão de documentos, muitas plataformas diferentes precisam ser acessadas. Isso faz com que o processo seja caro, burocrático e bastante complexo. Outro ponto é que o gestor deve realizar uma série de outras tarefas, como o planejamento das viagens, paradas e ocupação dos caminhões, além da negociação com os TACs. Essa sobrecarga pode fazer com que sejam cometidos erros que custam caro! Não observar o cumprimento integral às exigências legais de pagamento de frete e vale-pedágio pode gerar multas pesadas para a transportadora.
Se tem uma coisa que receber uma multa atrapalha, é no planejamento financeiro. Enquanto a palavra de ordem para transportadoras de todo o Brasil é redução de custos, uma penalidade pode comprometer os rendimentos. Além de que esse é um gasto totalmente evitável por meio da emissão de documentos fiscais corretamente.
Até aqui, você leu sobre os prejuízos diretos que a não emissão de documentos no transporte de carga pode trazer. Entretanto, existem danos que não são mensuráveis ― pelo menos não a curto prazo ― e que são tão prejudiciais quanto os financeiros. A reputação do negócio no mercado é um ótimo exemplo. Embarcadores preferem contar com o serviço de transportadoras de confiança, consolidadas. Certamente, algum caso de não emissão de documentos é um fator analisado na hora de fechar uma parceria.
Os problemas ocasionados pela falta de algum documento fiscal afeta todos os envolvidos na cadeia logística, especialmente, os TACs. Afinal, eles estão na ponta desse processo e estarão cara a cara com a fiscalização. Para quem valoriza o bom relacionamento com os caminhoneiros, cumprir todas as exigências legais e ter os documentos em mãos é fundamental.
A gestão de frete não precisa mais ser um trabalho tão operacional e que demanda tanto tempo. Hoje, a logística 4.0 já traz soluções que são aplicáveis a negócios de todos os portes, não sendo mais uma exclusividade dos grandes. Na verdade, automatizar e digitalizar processos que envolvem o transporte de cargas é a única maneira de se manter relevante em um cenário cada vez mais competitivo ― e tecnológico!
Algumas ferramentas, inclusive, estão disponíveis a custo zero e conseguem centralizar grande parte da emissão de documentos em um só local. Além disso, um software de gestão de frete possibilita:
Automatizar essas tarefas permite que os envolvidos no planejamento e emissão de documentos para o transporte de cargas tenham maior controle sobre o trabalho. Além de que a digitalização e facilitação desses processos possibilita que o gestor se dedique a funções muito mais estratégicas e relevantes para o negócio.
Agora que você já sabe quais os problemas mais comuns relacionados a não emissão de documentos para o transporte de cargas, confira, também, o artigo Dificuldade logística não se limita à transporte de carga – é questão de gestão. Boa leitura!