Na modalidade direta, vence quem der o maior lance. Mas nos leilões reversos acontece justamente o oposto e leva a melhor aquele que pedir menos. Como você pode imaginar, esse é um cenário exclusivo para as compras corporativas. Funciona assim: a empresa determina o que quer comprar, elabora os convites e chama os fornecedores qualificados para participar do certame. Eles, então, competirão entre si para ver quem consegue oferecer o menor preço e, assim, fechar o contrato.
Resumidamente, é assim que os leilões reversos funcionam. Eles são uma modalidade de negociação mais agressiva, mas que, exatamente por esse motivo, conseguem proporcionar savings expressivos. Neste artigo, você conhecerá melhor as vantagens que eles levam para as empresas. Mas, antes disso, é importante conhecer melhor o funcionamento desse tipo de negociação. Continue a leitura e confira os detalhes.
Embora todos os tipos de leilões reversos tenham o mesmo objetivo ― conseguir os itens necessários pela melhor condição comercial ―, o funcionamento é bastante diferente entre eles. Veja, abaixo, quais são e quais as particularidades de cada um deles.
O leilão inglês aberto (ou ranking) é o mais utilizado e é bastante recomendado quando há entre 3 e 6 fornecedores altamente competitivos interessados. A dinâmica é simples: quem der menos, é o vencedor. Entretanto, essa é uma modalidade um pouco mais demorada se comparada às demais. Aqui, os fornecedores têm um determinado tempo para realizar as propostas entre as rodadas e o desempenho pode ser acompanhado por meio de um ranking que mostra quem está na frente e o valor da proposta.
O leilão inglês tem também a modalidade selada (fechado), na qual os proponentes não tem visibilidade alguma dos demais concorrentes. Embora não seja uma regra, é recomendado em cenário em que o fornecedor com melhor solução técnica já possui o melhor preço ou quanda a dispersão de valores é maior, em comparação ao cenário que enseja o leilão aberto.
Nesse modelo de leilão, o organizador define um valor de lance. Os fornecedores envolvidos, então, concordam ou não com o preço estipulado. Aqueles que aceitarem, seguem para a próxima rodada, onde haverá uma nova proposta com decremento do valor inicial. Isso acontecerá sucessivamente até restar apenas um interessado em suprir com a demanda pelo valor estabelecido pela plataforma de compras.
Essa, talvez, seja a modalidade menos utilizada. Contudo, é a mais ágil entre as 3. No leilão reverso holandês, o organizador define o preço que deseja pagar pelo produto e o primeiro fornecedor que aceitar leva o contrato. Caso nenhum manifeste interesse, é feita uma nova rodada, dessa vez com um incremento no valor. Para isso, devem ser definidos o valor inicial e de incremento, o número máximo de rodadas e o tempo de duração de cada uma.
Aqui, vale ressaltar que os leilões reversos já não precisam mais acontecer com compradores e fornecedores frente a frente. É possível contar com tecnologias que levam essa modalidade para o digital, o que elimina muitos dos custos que possam estar envolvidos na realização. Há, ainda, a possibilidade de contratar o leilão eletrônico como um serviço de compras. Assim, o setor interno delega todas as etapas operacionais a uma equipe especializada.
Ao optar por comprar via leilões reversos, as regras deverão ser de conhecimento de todos os envolvidos, além de que deve ser assegurada a igualdade de condições entre os fornecedores. Isso porque a transparência é um dos pilares dessa modalidade. Afinal, se não fosse para considerar os aspectos técnicos e buscar o melhor preço, não seria necessário organizar toda a estrutura que envolve um leilão, mesmo que aconteça de forma remota.
Falando especificamente dos leilões reversos eletrônicos, eles garantem a auditabilidade de todo o processo. As plataformas utilizadas são preparadas para receber o certame, priorizando a segurança dos dados e a rastreabilidade das ações. Isso evita rumores de favorecimento e colabora para o compliance em compras.
Nas negociações de materiais, a economia pode chegar à média de 17%. Já nos serviços, é de 23%. Porém, o saving acontece, também, de maneira indireta, como no custo operacional, que é 14% menor do que a negociação realizada de forma tradicional. Por esses números, você pode estar se perguntando qual é o segredo dos leilões reversos para alcançá-los. Mas a verdade é que não há mistério algum, uma vez que garantir o menor preço é o principal objetivo dessa modalidade de compra. Quando compradores e fornecedores se encontram para dar início ao leilão, o foco está todo no preço.
Mesmo no leilão inglês, onde há um tempo maior para a articulação dos fornecedores, o contrato é fechado no mesmo dia. O que é bem diferente do que acontece quando a compra segue as vias “normais” e a tratativa pode se estender por dias, ou semanas, dependendo do que está sendo orçado. Quando se opta por essa modalidade, há uma redução no tempo dedicado à negociação de até 55%.
Embora já sejam bastante difundidos entre os grandes players, os leilões reversos, agora, já podem ser explorados por empresas de todos os portes. Ao terceirizar a sua realização, a equipe de compras se dedica a estabelecer os parâmetros a serem seguidos, como cotações-base e valores de incremento ou decremento.
Gostou de conhecer o funcionamento e os benefícios dos leilões reversos? Para entendê-los mais a fundo, baixe, gratuitamente, o e-book Tudo que você sempre quis saber sobre Leilão Eletrônico!