A logística 4.0 revolucionou o setor de transportes. E talvez sua contribuição mais importante não sejam nem as tecnologias e ferramentas que trouxe para os processos de gestão. Elas são importantíssimas, claro! Mas a verdadeira mudança está mesmo é na inteligência de dados. É assim que são chamadas as ações que derivam da análise de informações coletadas pelas inovações.
Agora, com acesso a plataformas, é possível angariar uma infinidade de dados que nunca estiveram disponíveis para o transportador. Um ótimo exemplo são as ferramentas de controle de cargas. Antes era necessário que o motorista estivesse com o app aberto, o que fragmentava a comunicação e o transportador nunca sabia, afinal, o que estava acontecendo naquele exato momento. Hoje, o contato entre transportador e TAC acontece em tempo real e permite que, ao menor sinal de problemas, sejam tomadas decisões que reduzam os danos.
Pode até ser que você já conte com alguma tecnologia, mas será que vem aplicando a inteligência de dados nas operações logísticas? Para saber mais sobre os benefícios e como utilizá-la nos seus processos, continue a leitura. Neste artigo, vamos explorar melhor esse universo que vem se mostrando um grande aliado das transportadoras.
A transportadora está envolvida em um ecossistema complexo, onde divide responsabilidades com o embarcador e, também, com o motorista que leva a carga. Mesmo assim, até então, o gerenciamento logístico ainda ocorria de forma bastante manual e a escolha dos parceiros acontecia, em boa parte, baseada no feeling dos gestores. Porém, já existem maneiras muito mais assertivas de conduzir o negócio.
A inteligência de dados serve, justamente, para isso. Ela é, na verdade, o que acontece após as informações relevantes para o negócio terem sido coletadas. Com tudo em mãos, o gestor tem um material robusto para ajudar a encontrar gargalos que aumentam os custos do transporte de cargas e diminuem a eficiência das entregas.
Ou seja, inserir as tecnologias no processo é apenas o primeiro passo para quem quer se manter competitivo. Aqueles que sabem como angariar e utilizar as informações propiciadas por elas são quem realmente se destaca. Mas você pode estar se perguntando como dar início à inteligência de dados na sua transportadora. Abaixo, mostraremos as principais ações. Acompanhe.
Como você leu acima, a tecnologia é a porta de entrada para o desenvolvimento da inteligência de dados. Afinal, informações divididas entre e-mails, mensagens e telefonemas são impossíveis de coletar e, consequentemente, analisar. Entretanto, a chegada de ferramentas voltadas exclusivamente ao gerenciamento logístico possibilitou a centralização de todas as etapas em um único lugar. Assim, toda a movimentação fica registrada, desde o planejamento de viagem, negociação, emissão de documentos, monitoramento até os eventos que possam ocorrer durante a viagem.
A partir disso, é preciso seguir algumas ações para usufruir dos benefícios da inteligência de dados. Confira as principais.
O volume de dados costuma ser bem grande. E como saber qual merece atenção? É aqui que o gestor precisa definir as KPIs (Keys Performance Indicator) ou Indicadores-Chave de Desempenho. Eles representam um conjunto de métricas que será analisado para ter uma resposta completa, assertiva e valiosa para a empresa.
Em um exemplo simples, dentro do contexto da transportadora. Atrasos nas entregas é uma métrica importante, certo? Porém, quando ela se junta a outras, como “avarias na carga”, “ocorrências na estrada” e são usadas para mensurar o desempenho de um TAC parceiro, temos, então, os KPIs.
Para que sua transportadora utilize a inteligência de dados em sua totalidade, é fundamental que os gestores adotem um pensamento analítico. Isso significa que as informações obtidas não podem ser negligenciadas e devem ser o principal guia na tomada de decisões. Dessa forma, caso sejam diagnosticados gargalos, estes precisam ser sanados. É importante pontuar isso, uma vez que a logística 4.0 ainda pode ser novidade para alguns que, acostumados a considerar fatores menos assertivos, como bom relacionamento, podem minimizar a importância do que foi detectado.
A inteligência de dados, para levar os benefícios que propõe, exige que seja instituída uma cultura analítica na transportadora. Deve-se extrair da tecnologia o que ela pode proporcionar de mais valioso para a transportadora: informações concretas, que dão uma visibilidade real de como anda a eficiência logística.
Mas essa não é a única vantagem que as inovações levam para o dia a dia do gestor de transporte. A automatização de processos tem um papel importante para que o negócio possa desenvolver melhor o seu potencial estratégico. Leia o artigo que preparamos sobre o assunto e confira os detalhes.