Assim como sua companhia tem uma gama de consumidores, o seu setor de suprimentos têm os seus próprios clientes. Afinal, cada um dos colaboradores de uma empresa pode ser um requisitante. Em ambos os casos, existe um indicador valioso para garantir a satisfação: o Lead Time. E é para falar melhor sobre ele que elaboramos este artigo. Nele, você vai entender:
Leia e saiba mais sobre esse KPI tão importante para os compradores.
Esse é um conceito que veio da engenharia de produção e, originalmente, engloba tudo aquilo que acontece da transformação da matéria-prima até o produto acabado. De maneira geral, é entendido como o tempo transcorrido entre o pedido e a entrega ao cliente.
Mas quando falamos em Lead Time de compras corporativas, existem algumas particularidades. Aqui, ele se divide em dois tipos:
Tanto em um quanto em outro, existe o chamado “período crítico” que, nada mais é, que esse tempo que ocorre até a chegada. O MCT (Manufacturing critical-path time), como é chamado, compreende o número de dias que, pelo menos, um item leva para chegar desde a criação da ordem de serviço.
Como você pode imaginar, esse é um indicador relevante para a área de suprimentos. Na sequência, você confere os motivos de acompanhá-lo de perto.
A realidade de um setor de Compras 4.0 já não permite mais negociar sem planejamento ou conhecimento aprofundado sobre todos os aspectos da aquisição. Entre eles, claro, está o Lead Time. Isso porque, hoje, há uma preferência por estoques mais enxutos. Afinal, eles exigem espaço físico para armazenagem e simbolizam capital imobilizado.
Portanto, no momento em que a requisição chega, inicia-se uma corrida contra o tempo. Com menos produtos acumulados dentro da empresa, o prazo de entrega dos produtos solicitados é um dos pontos mais importantes a serem considerados. Isso porque, a depender do material, um atraso na chegada do insumo pode fazer com que a produção saia do ritmo e comprometa a entrega aos clientes finais.
Monitorá-lo ajuda ainda a entender o momento certo para a compra. Conhecendo as particularidades dos fornecedores, fica mais fácil determinar quando antecipar um pedido ou, então, avaliar a viabilidade de outras opções de abastecimento.
Quanto mais longe o fornecedor estiver, é natural que Lead Time seja mais longo. E isso não se deve nem apenas a rota que a compra percorrerá para chegar à sua empresa. No caso dos importados, muitos eventos podem interferir no planejamento. Para citar os mais recentes, um fator que teve bastante impacto foi a crise na Ucrânia. Sem esquecer também do entalhamento do navio de carga Ever Given no Canal de Suez.
Porém, mesmo em solo brasileiro, a carga está exposta a eventualidades, como a análise na Receita Federal. Então, na hora de recorrer a essas opções, é bom prever um Lead Time maior e entender que nem todos os fatores que o compõem são totalmente previsíveis.
Um dos preceitos de uma área de compras realmente inserida no contexto 4.0 é a melhoria contínua. Agora, a tecnologia ajuda a enxergar detalhes que passavam despercebidos. E, a partir do momento que são conhecidos, têm a chance de serem sanados. Ou seja, saber como seus fornecedores trabalham, o índice de sucesso nas entregas, o cumprimento de prazos e outros aspectos que impactam nas entregas devem ser constantemente monitorados.
Outro ponto importante quando falamos na base de parceiros é em relação à gama de opções. Desenvolver novos fornecedores é essencial para evitar a dependência. Afinal, quando isso acontece, a equipe de compras fica à mercê de preços e, claro, do prazo de entrega oferecidos.
Já que falamos na realidade 4.0, não poderíamos deixar de fora o quanto as tecnologias de e-procurement auxiliam na redução do Lead Time. Elas possibilitam que o time de compras tenha acesso aos dados que comentamos e possam fazer a gestão dos fornecedores. Assim, os profissionais são munidos de informações que guiam as decisões, tornado-as muito mais assertivas.
Também há de se considerar a redução dos processos operacionais. Quando os compradores estão soterrados em trabalhos manuais, planilhas e dados descentralizados, quem perde é a eficiência do setor. Até porque é mais interessante que eles estejam dedicados a questões estratégicas do que perdendo tempo na gestão de contratos, por exemplo.
Agora que você já sabe o que é o Lead Time e entendeu como ele é importante para a área de suprimentos, leia também o artigo “Compras spot de baixo valor: 4 erros que influenciam na produtividade da equipe”. Nele, você verá como seu time de suprimentos pode ganhar eficiência e alavancar os resultados.