Quem compra um produto on-line, tanto no mercado B2B quanto B2C, dificilmente faz a distinção entre transportador e embarcador. Afinal, o item é negociado com uma empresa e esta fica responsável por fazê-lo chegar até o endereço, certo? De certo modo, sim. Acontece que a distinção de responsabilidades entre esses dois elos da cadeia logística é complexa, até mesmo, para quem atua no setor.
Isso porque, embora façam parte da mesma cadeia, ambos têm tarefas e obrigações diferentes. Os documentos para a movimentação da carga são um bom exemplo e, a seguir, falaremos melhor sobre eles. Mas as diferenças não param por aí. Para explicar quais são e esclarecer sobre as atribuições do transportador e do embarcador, elaboramos este artigo. Acompanhe e tire suas dúvidas!
Despachar uma carga e garantir que ela chegue ao destino, sem atrasos ou avarias, envolve mais de uma pessoa. Na verdade, mais de uma empresa. Apenas nesse roteiro simples, podemos citar 3 envolvidos: o embarcador, a transportadora e o TAC. Cada um deles desempenha um papel fundamental em garantir a conformidade das operações, uma vez que a não emissão de documentos para a movimentação de cargas pode trazer consequências graves para todos.
Abaixo, você confere quais são as diferenças entre transportador e embarcador no que tange os documentos necessários para que o TAC siga viagem. Confira!
Ele é “dono” da mercadoria que deve ser entregue. Ou seja, é com quem o cliente fechou negócio e é a ponte entre quem irá entregá-la e quem receberá. Ao procurar uma transportadora para fazer a movimentação da carga, o embarcador precisa emitir alguns documentos que possibilitam que a carga siga viagem. Entre os principais, a NF-e (Nota Fiscal Eletrônica), CT-e (Conhecimento de Transporte Eletrônico) e MDF-e (Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais).
É quem tem o transporte como serviço e realizará, de fato, a movimentação da carga. É sua a obrigação de contratar o seguro RCTR-C (Responsabilidade Civil do Transporte Rodoviário de Cargas), é exigido por lei. Ele é essencial para a emissão de outros documentos essenciais para o deslocamento rodoviário, como o CT-e (Conhecimento de Transporte eletrônico) e, posteriormente, o MDF-e (Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais). Ainda, é necessário que o motorista tenha em mãos o CIOT (Código Identificador de Operação de Transporte).
Agora que você já viu quais os documentos são responsabilidade do transportador e embarcador, chegou a hora de conhecer onde cada um atua na cadeia logística, desde o momento do pedido até a entrega. Tudo começa quando o embarcador recebe o pedido de compra.
A partir disso, seguem-se duas etapas, a de planejamento e a de acompanhamento. Na primeira, está a criação dos pedidos, entregas e viagens. Então, vem a negociação com as empresas de transporte e, depois, a carga é embarcada. Agora que a mercadoria está com o transportador, começa a segunda fase. Nela, deverá haver um controle rígido sobre o que acontece na estrada. Então, é preciso que o gestor realize o monitoramento da carga, tenha acesso aos registros de ocorrências e confirmação de entrega.
No que compete ao transportador, ao aceitar a viagem, é seu trabalho oferecê-la e negociá-la com os TACs. Então, segue-se com o cálculo do custo do pedágio de acordo com o veículo e valores atualizados de cada praça e, também, do Preço Mínimo do Frete com base nas tabelas da ANTT, o que garante que o motorista não terá problemas com a fiscalização nas estradas.
Ainda, é preciso atentar para outra parte vital do processo de movimentação de cargas, a roteirização. Nela, será determinado o trajeto mais adequado e, também, quais pedágios precisam ser pagos. Esta costuma ser uma das etapas mais delicadas da gestão de fretes, uma vez que nem sempre os TMSs utilizados têm essa função e, quando possuem, não são completos. Assim, cabe à transportadora a contratação de uma nova ferramenta, caso queira aprimorar as rotas e encontrar grandes oportunidades de otimização.
Embora a cadeia logística seja bastante fragmentada, com uma série de tarefas que devem ser divididas entre transportador e embarcador, ambos têm responsabilidade direta em um aspecto: a satisfação do consumidor. Isso porque, como mencionamos no início, nem sempre ele faz a distinção entre esses dois elos do processo.
Portanto, é fundamental que essas parcerias sejam geridas com cuidado! E, atualmente, a tecnologia tem sido uma grande aliada dos embarcadores nesse aspecto. No artigo 3 problemas que a falta de sistema de gestão de entregas pode causar você entende melhor como otimizar esse trabalho!