Em 2020, o supply chain sofreu com as restrições impostas pela pandemia, fechamento de fronteiras e dificuldades de movimentação. E, então, vimos tudo aquilo que ainda era tendência se materializar como uma necessidade imediata. Digitalização da cadeia de suprimentos, transformações em relação à logística e, inclusive, quanto ao comportamento do consumidor foram alguns pontos que quem trabalha com o embarque de mercadorias precisou lidar.
Contrariando as expectativas de muitos, as mudanças que ocorreram não retrocederam junto aos casos de Covid-19. Mesmo com a abertura de lojas e flexibilização das medidas sanitárias, as compras on-line continuaram em alta. Consequentemente, as exigências logísticas por parte dos clientes, também!
Então, junto a todas essas mudanças, o que esperar do futuro do supply chain? É para responder a essa pergunta que criamos este artigo! Nele, você encontrará alguns temas que precisam estar no radar dos embarcadores que querem se manter competitivos em meio a tantas transformações. Acompanhe!
Transportador e embarcador têm responsabilidades diferentes. Mas garantir que os produtos cheguem ao destino é de interesse mútuo! Portanto, uma gestão de risco eficiente é imprescindível para quem embarca a mercadoria. Mesmo que, a partir desse momento, a gestão de fretes fique por conta de uma transportadora parceira, o cliente final não faz essa distinção. Ou seja, se o TAC tem alguma dificuldade na estrada, a imagem de quem vendeu fica prejudicada.
Embora não dê para controlar eventos externos, como acidentes na estrada ou tráfego intenso, é possível antecipar o que fazer caso eles aconteçam. Elaborar um plano de gestão de risco, é, de certa forma, ter mais resiliência sobre as fragilidades da supply chain e se antecipar para minimizar os impactos.
É inegável que o transporte rodoviário de cargas é imprescindível para o país. Afinal, estima-se que cerca de 62% das mercadorias movimentadas no Brasil utilizem esse modal para chegar ao destino. Entretanto, não se pode ignorar que tantos caminhões rodando têm um impacto ambiental importante, uma vez que são grandes emissores de poluentes. Com a sustentabilidade em pauta, claro que já existem medidas que visam a minimizar esse problema.
Na União Europeia, já está em vigor a Euro 6. A norma tem como objetivo estabelecer padrões que ajudem a reduzir a poluição gerada por veículos motorizados a diesel. Aqui no Brasil, já temos a nossa própria regra: a oitava fase do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve). O Proconve-8, regulamentado em 2018 pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), começa a vigorar para os veículos em produção em 1º de janeiro de 2023.
2020 antecipou muitas necessidades que, até então, eram apenas tendências. Claro que o consumidor já gostava de contar com fretes rápidos e baratos antes da pandemia. Mas, depois das restrições impostas, isso passou a ser um diferencial competitivo.
Até porque, agora, não são apenas as grandes compras, de alto investimento, que estão nos carrinhos virtuais dos brasileiros. Um levantamento da empresa norte-americana de consultoria Bain & Company, realizado no fim de maio deste ano, corrobora com essa afirmação. Segundo a pesquisa, 76% dos entrevistados passaram a fazer compras de supermercado via internet. O que isso quer dizer? Que esperar 10 ou 15 dias por um item como uma geladeira ou um móvel, é aceitável. Mas, definitivamente, ninguém topa aguardar esse prazo para receber produtos de valor menor e de uso imediato.
Você já deve ter ouvido falar em Revolução 4.0, certo? Atualmente, esse tema, que nasceu na indústria, ganhou relevância e todos os setores têm buscado maneiras de se adequar ao novo modelo. Mas o que esse 4.0 significa, afinal? De forma resumida, há muita tecnologia nos processos. Porém, as inovações não vêm apenas para automatizar tarefas manuais, mas para angariar dados que direcionem os tomadores de decisão.
A cadeia logística não ficou alheia a essas transformações. Tanto que, agora, embarcadores e transportadores têm acesso a uma verdadeira torre de controle digital. Isso garante que se mantenham a par de tudo que acontece com a mercadoria e com o TAC, assegurando que qualquer contratempo possa ser facilmente identificado. As movimentações são registradas e, a partir delas, gerados relatórios que contam com indicadores de performance que facilitam a análise das operações.
Como você pôde perceber, esses temas não são nada futuristas! Eles já fazem parte do dia a dia da logística e quem não se adaptar corre o risco de colocar em xeque a competitividade do negócio. Continue explorando esse assunto no artigo Dificuldade logística não se limita à transporte de carga – é questão de gestão. Boa leitura!