Seu negócio, possivelmente, já utiliza os dados na tomada de decisões estratégicas. Acontece que essa cultura data-driven, como é chamada a postura corporativa orientada por dados, não deve ficar restrita a algumas áreas, sendo essencial em todos os departamentos, incluindo o setor de compras.
As razões para isso são muitas. Uma das principais é que a cultura data-driven promove visão holística da organização. Assim, gargalos antes considerados irrelevantes podem ser percebidos como pontos de melhoria importantes. Isso porque, quando sanados, geram muita eficiência e, no caso do setor de compras, saving e cost-avoidance.
Esse, é claro, não é o único motivo para adotar uma gestão de compras ancorada em dados. Neste texto, elencamos outros motivos para implementar a cultura data-driven no setor de compras da sua empresa.
É bastante provável que o seu setor de compras já lide com alguma tecnologia para auxiliar os trabalhos. Mas estar inserido em uma cultura data-driven é muito mais que a automatização de algumas tarefas. Claro que contar com soluções que diminuam os processos de compras operacionais é fundamental. Mas, como o nome sugere, o termo se refere a uma mudança cultural, que precisa ser fomentada.
A cultura data-driven estimula que os colaboradores estejam sempre a par de métricas importantes. E que, assim, possam tomar decisões mais acertadas, que não sejam baseadas apenas em achismos. A escolha de um fornecedor, por exemplo, se dará de forma muito mais analítica, considerando os pontos-chave para o negócio. Desse modo, as compras baseadas apenas no bom relacionamento abrem espaço para aquisições realizadas de maneira estratégica.
A tecnologia, com certeza, tem lugar de destaque na implementação desse novo jeito de encarar o setor de compras. Afinal, é preciso que sejam adotadas para poder coletar as informações necessárias. Fazer isso de modo manual, certamente, teria um impacto significativo na produtividade e no rendimento dos profissionais.
Leia também: Como a cultura de dados vem transformando o setor de compras.
Uma pesquisa realizada pelo professor do MIT (Massachusetts Institute of Technology), Erik Brynjolfsson, dá uma boa ideia dos benefícios de ter uma cultura de negócios orientada por dados. De acordo com ele, empresas que a implementam apresentam produtividade e lucros até 6% mais altos. Apenas com base nesse número já dá para entender por que, entre os grandes players, há uma tendência de ter um profissional focado exclusivamente no manejo dessas informações, o Data Chief Officer (DCO).
Outro ponto que precisa ser mencionado quando falamos em cultura data-driven no setor de compras é a previsibilidade. Quando os compradores têm acesso a dados concretos, não apenas estimativas, pode-se ver a cadeia de suprimentos de um novo ângulo: muito mais completo e detalhado. Junto a isso, vem a capacidade de antever dificuldades de abastecimento, por exemplo. Inclusive, permite ao time de suprimentos:
Ou seja, investir em uma cultura data-driven é apostar na competitividade. E, diferente do que muitos imaginam, isso já não está mais ao alcance apenas das grandes empresas. Pequenos e médios negócios também podem buscar maneiras de fomentar essa nova visão nas organizações.
A implementação de uma cultura data-driven não é complexa, caso seja bem-estruturada. Para auxiliar, trouxemos os cinco pilares que a sustentam. São eles:
Entretanto, vale mencionar que a implementação é apenas um dos passos de uma cultura data-driven bem-sucedida. É preciso, sobretudo, mantê-la viva. Para isso, a revisão constante dos processos, bem como o engajamento das lideranças na orientação e treinamento dos profissionais, são fundamentais. Afinal, esses podem se tornar verdadeiros profissionais de compras 4.0 caso sejam estimulados a se orientarem por dados.
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