A área de suprimentos, que há muito ficava restrita apenas às aquisições, agora tem tido todo o seu potencial explorado. Sem dúvidas, as ferramentas disponíveis para e-procurement têm ajudado a evidenciar esse ponto ao reduzir os trabalhos operacionais. Além de, claro, dar enfoque à gestão estratégica em compras. Mas é justamente nesse último ponto que muitos ainda têm dúvidas de como agir. Afinal, com tanta tecnologia é de se esperar que, naturalmente, os resultados apareçam, certo?
Errado! Desmistificar isso é o primeiro passo para entender a importância da gestão estratégica em compras! Embora inserir o setor na transformação digital passe, obrigatoriamente, pela digitalização e automatização de processos, as inovações são apenas ferramentas que dependem da visão e direcionamento do gestor.
Bom, mas não é apenas isso que torna a gestão estratégica em suprimentos tão importante. Neste artigo, trouxemos outros pontos que provam como é a mudança de visão, aliada à tecnologia, a responsável por resultados expressivos. Acompanhe!
Não importa em qual segmento de mercado o setor de suprimentos está inserido. O lema é o mesmo para todos: redução de custos. E um departamento responsável direto por tantas tratativas, claro, tem papel importante nesse objetivo. Porém, é difícil dar atenção ao gerenciamento de catálogo, avaliação de fornecedores, busca por novos produtos e parceiros quando toda a equipe segue agindo apenas de forma reativa.
A gestão estratégica em compras visa a otimizar os processos, tornando-os mais ágeis e compatíveis com o novo ritmo do mercado. Agora, a área de suprimentos precisa de um olhar 360º, que abranja todos os elos da cadeia: parceiros, requisitantes, clientes finais e, também, os objetivos da empresa.
Ao aplicar um olhar mais apurado às negociações, cada item é avaliado sob a perspectiva do seu custo total. Dessa forma, a tomada de decisão não se baseia apenas no menor preço. A gestão estratégica deve ter atenção especial às recorrentes. O motivo é que nelas há uma enorme oportunidade de saving, mas que ainda são tratadas como compras “automáticas”.
Como mencionamos, a tecnologia tem papel central no desenvolvimento dessa nova maneira de encarar o cenário. Isso porque ela atua como uma facilitadora, eliminando processos operacionais e morosos e coletando informações sobre todas as ações. Assim, permite, tanto ao gestor, quanto aos demais colaboradores, dedicarem-se às questões que, realmente, impactarão nos resultados gerais da empresa.
Instituir uma gestão estratégica demanda algum tempo e esforço. Afinal, ela se trata de uma mudança, não apenas nos processos, mas, também, na maneira de encarar o potencial da área. Por isso, pontuamos que as tecnologias são, de fato, apenas ferramentas que possibilitarão o desenvolvimento do profissional de Compras 4.0.
Entretanto, passada a fase de adaptação, a melhora no rendimento, produtividade e lucratividade da área são facilmente perceptíveis. Então, para começar a implementar uma gestão estratégica na área de suprimentos, siga as dicas que separamos abaixo.
Antes de modificar qualquer coisa na estrutura atual da área, é preciso fazer um levantamento rigoroso dos processos. Analise-os em busca de gargalos e veja o que pode ser “terceirizado” para as ferramentas. Toda e qualquer tarefa que já possa ser digitalizada, mas que ainda é realizada manualmente, deve ser encarada como um desperdício. Porém, a análise dos dados também precisa ser aplicada na hora de conferir se as negociações estão de acordo com os objetivos da empresa.
Um dos desafios que muitos líderes enfrentam ao tentar inserir a área na transformação digital é a falta de engajamento dos colaboradores. Ainda é bastante forte o mito de que a tecnologia vem para tornar a mão de obra obsoleta e isso justifica o receio da maioria dos compradores. Dessa forma, é muito importante que o gestor se mantenha transparente sobre o que será implementado e, também, deixe a equipe a par do direcionamento estratégico que passará a ser aplicado.
As decisões, agora, são embasadas em dados. Mas considerá-los não deve acontecer apenas nesse momento. Eles são os verdadeiros guias de tudo o que acontece na área de compras. A partir disso, é possível verificar o andamento da relação com fornecedores, cumprimento de prazos e qualidade, além de entender onde há possibilidade de otimização.
Como você pôde perceber, a gestão estratégica em compras engloba uma série de fatores. Porém, o objetivo de todos eles é estimular a busca por negócios mais vantajosos, economia para a empresa e agilidade nos fluxos de trabalho. E, por falar neles, você saberia dizer como Processos de compras operacionais diminuem a produtividade da sua equipe?. Leia o artigo e descubra!